quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Anastasia diz que metrô de BH é prioritário

Governo de Minas garante pagamento de R$ 400 milhões como contrapartida para assegurar a retomada das obras


O Governo de Minas garantiu o pagamento de R$ 400 milhões como contrapartida para as obras de expansão do metrô de Belo Horizonte. Conforme o Hoje em Dia antecipou na terça-feira (22), a União vai liberar R$ 1,7 bilhão para tirar do papel a Parceria Público-Privada (PPP) que vai viabilizar as obras do trem urbano. Para completar os R$ 3,5 bilhões necessários para a execução do projeto, a prefeitura da capital arcará com R$ 200 milhões e o restante – R$ 1,2 bilhão – será captado junto à iniciativa privada.
Segundo o governador Antonio Anastasia (PSDB), a PPP do metrô é uma das prioridades do Governo do Estado. “Eu apoio este projeto integralmente. Para que ele se concretize, o Estado vai se empenhar e cumprir tudo o que lhe couber nesta parceria, fundamental para a modernização dos transportes na capital”, afirmou.

Ao todo, o Governo federal deve repassar para as cidades que vão sediar a Copa do Mundo – caso de BH – cerca de R$ 4 bilhões dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. A expansão do metrô em BH inclui a modernização da linha 1 (Vilarinho-Eldorado), em Contagem, e a construção dos ramais 2 (Calafate- Barreiro) e 3 (Savassi - Lagoinha).

Anastasia já determinou que o secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PPS), acompanhe a discussão sobre o assunto. O secretário tem se reunido com frequência com integrantes dos órgãos responsáveis pelo transporte público. Ontem mesmo, esteve com representantes da BHTrans e da Secretaria de Transporte e Obras Púbicas (Setop). Silveira acredita que, em breve, o acordo para a construção e ampliação do metrô deve ser fechado. “Estamos confiantes. Queremos resolver tudo o mais rápido possível para não perder mais tempo”, afirmou.

Silveira disse ainda trabalhar para que as cidades da Região Metropolitana sejam contempladas. A intenção é atender os projetos já sugeridos pelas prefeituras de Betim e Contagem, integrando-os à proposta da capital. Porém, antes de apresentar o projeto, lembra o secretário, será necessário resolver problemas nos estudos já realizados, uma vez que existem divergências. “Qualquer erro pode representar o fracasso na obra”, afirmou Silveira, sem detalhar quais seriam os problemas detectados.

Paralelamente à discussão sobre a PPP, prefeitos da Região Metropolitana já trabalham para captar recursos. É o caso de Betim. Com um projeto avaliado em R$ 1 bilhão, a cidade alega que os trilhos da obra do metrô serviriam também para ampliação das indústrias da região. “Este assunto já foi discutido e agora esperamos um retorno dos governos federal e estadual.

Queremos viabilizar a obra. A região é bastante industrializada e as empresas também poderiam utilizar o serviço para escoamento da produção”, garantiu a prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara (PT). Segundo ela, é preciso pensar a Região Metropolitana de maneira ampla. “Não é só a Copa do Mundo e a cidade de Belo Horizonte que devem ser levadas em consideração. É preciso ir além”.

Conforme estudo realizado pela Prefeitura de Betim, a execução da obra do metrô poderia beneficiar cerca de 1 milhão de pessoas porque possibilitaria a integração com outras cidades. Pelo menos 12 seriam beneficiadas.

Em Contagem, dois projetos foram propostos dentro do PAC da Mobilidade, prevendo, inclusive, a integração com outros meios de transporte. Se confirmado, o serviço deve ser implantado no bairro Novo Eldorado.


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