quinta-feira, 31 de março de 2011

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quarta-feira, 9 de março de 2011

BH conhecerá escola vencedora do carnaval na sexta-feira

A chuva deu uma trégua poucas horas antes do fim do desfile de segunda-feira, beneficiando as três últimas escolas


toninho almada
08_Escola
A Escola de Samba Canto da Alvorada está sendo cotada para levar o título
O público que foi assistir aos desfiles das escolas de samba na Avenida dos Andradas, no Centro de BH, no último dia de carnaval na capital, não se arrependeu. A chuva acabou dando uma trégua poucas horas antes do fim do desfile, beneficiando as três últimas escolas que passaram pelo Boulevard Arrudas sem o incômodo e prejuízos que a água traz.

A apuração oficial dos resultados acontece na sexta-feira (11), a partir das 18 horas, na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Juntos, os campeões das escolas e blocos caricatos da capital vão faturar R$ 70 mil em dinheiro, além do Troféu Carnaval de BH 2011.

Em rápida aparição na avenida, o prefeito Marcio Lacerda prestigiou o desfile da Canto do Alvorada e da Chame-Chame. A Belotur estima que 15 mil pessoas tenham participado do carnaval no Boulevard nos três dias de desfiles.


Para os jurados do HOJE EM DIA, coube à Acadêmicos de Venda Nova desempenhar o melhor desfile da noite. Para eles, a escola é quem deve faturar o campeonato de 2011. Chame-Chame e Canto da Alvorada devem disputar o segundo lugar. Já o Grêmio Recreativo Unidos do Guarani e Mocidade Independente Bem-te-vi desapontaram ao apresentar enredo repetido e reaproveitar fantasias do ano anterior.


A Acadêmicos de Venda Nova, trouxe no enredo uma homenagem aos 300 anos da regional da capital que dá nome à escola. Responsável por uma das alas, Edson Santos, o Koka-Kola, disse que apesar da dificuldade financeira, a escola não está para brincadeira, quer disputar o pódio e lutar para estar sempre entre as favoritas.

Fundada em 2004, a Acadêmicos entrou na avenida com 400 componentes, nove alas e dois carros alegóricos. “Em 2012 queremos desfilar com mais componentes e para um público ainda maior”, almeja.

Para os três especialistas que integram o júri criado para avaliar os desfiles, o presidente das Agremiações Carnavalescas de Minas Gerais, Carlos Eugênio Demétrio; o compositor Serginho Beagá; e o especialista em samba e carnaval, Celso Pacheco, a Acadêmicos falou com propriedade do tema que escolheu. “O samba-enredo foi muito bem desenvolvido”, afirmou Celso. Para Carlos Demétrio, um dos poucos pecados que cometeu diz respeito a harmonia, “mas de forma geral, a Acadêmicos foi a escola de melhor desempenho na avenida”.

Mas coube a Chame-Chame, com o enredo “Respeitável Público: em BH, a Chame-Chame monta o circo no Boulevard”, levar a arquibancada ao delírio. Os 500 componentes fantasiados de palhaços, malabaristas e mágicos transformaram a avenida no palco de um imenso espetáculo.

De pé, o público aplaudiu e cantarolou o samba da escola que contou com nove alas e carros alegóricos. “Espero que no próximo ano o belo-horizontino compareça em peso e prestigie nosso carnaval”, comentou o presidente da escola Patrício Tomé. Por ser recente (fundada em 2007), a Chame-Chame vem desempenhando um carnaval surpreendente – não por menos faturou o campeonato em 2010.

Para Serginho Beagá, na madrugada desta terça-feira, no entanto, a escola pecou desde o início. “Colocar os Dragões da China para serem o abre-alas da escola que tinha o tema circo não foi a melhor escolha. Além disso a harmonia não convenceu e o samba-enredo não trouxe novidades”.

Carnaval no sangue

Minutos antes de entrar na avenida, o presidente da Unidos da Guarani, Mário Santos, convocou os 350 componentes da escola: “Vamos mostrar o desafio que é fazer carnaval em Belo Horizonte”. Com o enredo “Água”, a escola levou oito alas e três carros alegóricos para sambar na avenida. “São pessoas carentes que deram o sangue para estar aqui. Enquanto um barraco na favela estiver de pé, o carnaval vai existir”, afirmou.

Para o compositor Serginho Beagá a escola desapontou por reutilizar fantasias dos carnavais passados e ainda o mesmo samba-enredo de 2010. “O mais bonito na Unidos é a entrega da comunidade que de fato ama o carnaval, mas não há nada que justifique entrar na avenida sem criatividade”, disse o presidente das Agremiações Carnavalescas de Minas Gerais e membro do júri do Hoje em Dia, Carlos Eugênio Demétrio.

A Canto da Alvorada, que levou 12 alas, três carros alegóricos e 500 componentes para a desfilar no Boulevard, mostrou um desfile gracioso e desenvolto. A escola apresentou o enredo “Humanos quem somos, de onde viemos, para onde vamos”.

Ao contar a história da evolução humana, macacos e homens primatas desfilaram lado a lado com policiais do futuro, astronautas, aviadores, bruxas e até a presidente Dilma Rousseff que, representada na ala das baianas, se tornou símbolo do poder das mulheres na política.
“A evolução foi muito bem trabalhada, inclusive, umas das melhores do carnaval. No entanto, assistir, componentes da escola desfilando com sandálias diferentes, por exemplo, não apenas prejudica seriamente desempenho da escola, como também influencia as notas do jurado”, acredita o especialista em carnaval Celso Pacheco.

Já a tradicionalíssima Bem-te-vi, uma das mais antigas do Grupo A (fundada em 1979), encerrou os desfiles das escolas de samba da capital com coreografias bem ensaiadas e apesar de ter enredo simples, conseguiu dar novo fôlego ao público, que já apresentava sinais de cansaço.

A escola contou a história da evolução das máscaras no enredo “Máscara, realidade, fantasia, sonhos e ilusão”. O carnavalesco da escola, Aloísio Marinho, contou que além de contar com a participação de 540 componentes, 19 alas e cinco carros alegóricos, a escola teve um empurrãozinho da sorte. “Fizemos três carros em três dias. Um milagre”, brincou.

Carlos Demétrio pontua que esperava muito mais da escola. “Ela entrou muito bem, com um abre-alas muito bem ensaiado e tinha um enredo que tinha tudo para dar certo, mas não soube aproveitar o tema. O folião gostou do desfile, mas poderia ter ido para casa com um carnaval bem mais bonito”.

 Cerca de 15 mil expectadores em três dias de desfiles

Segundo a Polícia Militar e a Belotur, cerca de 5 mil pessoas assistiram aos desfiles de encerramento do carnaval na capital. Nos três dias de festa, 15 mil foliões passaram pela Avenida dos Andradas, no Centro da capital.

O prefeito Marcio Lacerda compareceu no evento por pouco mais de uma hora, e disse que as apostas e investimentos no carnaval de Belo Horizonte tendem a crescer nos próximos anos. “Pude perceber o comprometimento e vontade de organização das escolas. A prefeitura vai continuar apostando no carnaval da cidade”, afirmou.

O radialista e cantor Acir Antão destacou a importância da presença de um representante político em festas como o carnaval. “O prefeito é o animador cultural da cidade. Se ele não tem esse comportamento a cidade não vive isso. O público belo-horizontino sente falta de administradores que sejam identificados com as coisas da cidade. Mais do que oferecer verbas é preciso acompanhar de perto, visitar os barracões. É assim que se faz um carnaval de verdade”, comentou.

Já se despedindo da folia, o menino Gabriel Nunes, 10 anos, participou da bateria da Chame-Chame. “Vou querer tocar bateria para sempre”, disse o pequeno músico entusiasmado. Para a estudante Débora Aranha, 17, que desfilou pela primeira vez em uma escola de samba, a emoção é incomparável. “É o dia mais feliz da minha vida. É muito bom estar aqui e fazer parte dessa festa”.

Para o casal Lucas Serafim e Mariana Pinho, 22 e 25 anos, o carnaval chegou ao fim no Boulevard com um gostinho de quero mais. “Não tínhamos dinheiro para viajar, mas também não queríamos ficar em casa”, contou Lucas. O casal ficou surpreso com a paixão dos belo-horizontinos pelo carnaval. “Deu até uma pontinha de vontade de desfilar. Quem sabe no ano que vem?”, disse Mariana.






  

terça-feira, 8 de março de 2011

Estrela do Vale é a favorita do Grupo B do carnaval de BH

Júri do Hoje em Dia aponta a escola do Grupo B como a candidata à elite do Carnaval de BH


TONINHO ALMADA
Estrela do Vale
Escola Estrela do Vale e seus 300 componentes homenagearam os 40 anos do grupo de bonecos Giramundo


Não faltaram emoção e um bocado de correria no primeiro dia de desfile das escolas de samba no Boulevard Arrudas, em Belo Horizonte, com as três agremiações do Grupo B entrando em cena. A surpresa da noite foi a Estrela do Vale, candidata a entrar para a elite da folia na capital. Seus 300 componentes levaram o público ao delírio, com a competente homenagem aos 40 anos do grupo Giramundo. O que se viu foi uma verdadeira aula de teatro na avenida. A grande decepção ficou por conta de uma apática Cidade Jardim, até então favorita.

Primeira a desfilar, a Imperatriz de Venda Nova, além de desfalcada, com um carro a menos que o previsto, teve seu desempenho ainda mais comprometido por um atraso de 30 minutos para entrar na avenida. Mesmo com tantos percalços, foi aplaudida de pé pelo público.

O presidente da agremiação, Edederson Fernandes, pretende recorrer ao Grupo dos Dez por acreditar que a punição, com perda de pontos, foi injusta. Segundo ele, o carro abre-alas da escola se envolveu em um acidente enquanto seguia para a Avenida dos Andradas, no Centro da cidade. “Não atrasamos por querer. Após colisão em um poste, fomos detidos por policiais militares que não queriam liberar o carro alegórico. Ele, inclusive, foi danificado com a batida. Por isso não participou do desfile”, argumentou.

A Escola de Samba Cidade Jardim, que encerrou as apresentações na madrugada da última segunda- feira (7), ficou devendo aos que esperavam assistir a um Carnaval tradicional e cinquentenário. Grande parte dos 450 componentes entraram na Passarela do Samba tão apáticos, que acabaram desanimando o público.

Para os três especialistas que integram o júri criado pelo Hoje em Dia para avaliar os desfiles, a agremiação decepcionou. A coordenadora de Design de Moda da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), Gabriela Torres, avaliou que apesar do luxo das peças, principalmente dos dois casais de porta-bandeira, a Cidade Jardim não convenceu. “Os componentes entraram cansados e acabaram desanimando o público. É uma pena porque a escola era a favorita da noite”.

O professor do curso de Design de Moda da Fumec Antônio Fernando Santos e o sambista Serginho Beagá fizeram coro. “A escola não emplacou porque entrou descompromissada. Cada integrante desfilou com um sapato diferente, sem cantar ou sambar. Muitos apenas cruzaram a avenida”, disse Santos. “A escola apresentou o enredo ‘50 anos: cores, brilhos e fantasias’, mas entrou desanimada demais para quem queria contar a própria história”, concluiu.

Já o comprometimento da Estrela do Vale comoveu Gabriela Torres. “As crianças foram a grande sensação da escola. Elas estavam em todas as alas e fizeram bonito. A participação plena de todos os 300 integrantes também surpreendeu. Todos sabiam cantar o samba enredo. O desfile foi empolgante”.

Para os jurados do Hoje em Dia, a bateria da Imperatriz de Venda Nova teve batida perfeita. Sem descompasso dos integrantes, o soar dos tambores foi o responsável pelo sucesso junto ao público. Com o tema ‘Uma Viagem Fantástica ao Mundo da Astrologia’ a escola pecou, no entanto, ao desconectar o enredo com o que desfilou na avenida.

“A incoerência prejudicou o desempenho da escola, mas sem dúvida a Imperatriz mostrou uma criatividade ímpar. O Carnaval de BH tem muito a oferecer e a aprender também”, afirmou Serginho Beagá.

População aprova mudança

A Polícia Militar estima que cerca de 5 mil pessoas passaram pelo Boulevard Arrudas, no Centro de BH, entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. A chuva não deu trégua e danificou um bocado a maquiagem e desbotou fantasias e carros alegóricos das escolas de samba.

“É um risco que corremos, mas todas as escolas, em qualquer lugar, passam por isso”, comentou Mário Cantone, integrante da Cidade Jardim.

A dona de casa Ana Elisa Teodora, 62 anos, nem ligou para a chuva e os prejuízos dela decorrentes. De sombrinha a postos, assistiu quase sem piscar a seu primeiro desfile de escola de samba. Ana perdeu o fôlego em plena na avenida. “É bonito demais ver esse povo desfilando. Eles estão dando o sangue por isso”.

O estudante de Engenharia Leandro Bastou, 26 anos, disse ser preciso valorizar as escolas de samba da capital e o trabalho que elas desempenham nas comunidades. “Quem desfila no Rio, pode fazer por amor, mas tem também um pouco de glamour por trás de tudo. Aqui, em BH, quem entra na avenida só faz por amor ao samba e muita raça. Não é para qualquer um”.

Para a recepcionista Andréa da Silva, 19 anos, que desfilou na Imperatriz de Venda Nova, o Carnaval da capital ainda tem muito o que mostrar. “Sei que existem carnavais mais animados e até mais bonitos, mas aqui estamos fazendo o que está ao nosso alcance. Enquanto no Rio uma fantasia chega a custar R$ 60 mil, essa é a verba de toda a nossa escola”.

O auxiliar administrativo Breno Teixeira, 21 anos, acompanha o Carnaval da cidade há pelo menos dois anos. “Agora que o Carnaval está no Centro muitas pessoas virão prestigiar. Ao contrário do que muitos dizem, o belo-horizontino adora uma folia”, garantiu.

Para o casal Juliana e Thiago Oliveira, ambos de 27 anos, levar o pequeno Igor, 6 meses, para assistir os desfiles faz parte da educação para quem será um grande carnavalesco. “Nós nos conhecemos num baile de carnaval e ele vai adorar a festa. Podíamos deixá-lo em casa, mas porque tirar essa alegria do menino?”, brincou Juliana.

A apuração dos resultados dos desfiles das escolas de samba e blocos caricatos de Belo Horizonte será na sexta-feira, a partir das 18 horas, na Câmara de Vereadores. As escolas campeã e vice do Grupo B vão receber R$ 10 mil e R$ 5, respectivamente. A primeira colocada ainda fará parte do desfile principal em 2012.

Já no Grupo A, primeiro, segundo e terceiro lugares receberão, respectivamente, R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil. A última colocada cairá para o Grupo B. Entre os blocos, os três primeiros colocados do Grupo A vão receber R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil. No Grupo B, só o campeão recebe o prêmio de R$ 2 mil e o direito de participar do Grupo A, no ano seguinte. Todos os campeões levam o Troféu Carnaval de BH 2011.

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Juliana Marcelle é eleita a mais bela rainha de bateria do Carnaval

Rainha de bateria da Escola de Samba Canto da Alvorada teve mais de 3.500 votos, a metade da votação


lucas prates
juliana
Juliana Marcelle Vileno é grande vencedora do concurso do Hoje em Dia


A grande vencedora no Concurso de mais bela rainha de bateria do Carnaval BH 2011 é Juliana Marcelle Vileno da Costa, da Escola de Samba Canto da Alvorada. Com 3.577, ela teve excepcional desempenho e ficou com 50% dos 7.175 votos.   

A vencedora de 21 anos comemora o quinto ano na passarela do Carnaval belo-horizontino, o segundo como rainha de bateria da Canto da Alvorada. Ela foi escolhida em um concurso que teve 15 adversárias. A Canto da Alvorada vai para a avenida com 600 integrantes, divididos em 12 alas.

E para ser a mais bela rainha, a musa elaborou uma tática especial. Ela revelou que chamou os amigos para irem até a sua casa e votar em massa. "Para vencer vale tudo", disse Juliana. A rainha também fez campanha nos sites de relacionamento das quais participa na Internet. "Falei também com os meus vizinhos e com os companheiros da escola de samba", acrescentou a candidata.



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Disputa pelo segundo lugar foi intensa

Com 1.841 votos (26%), Diana Carla Severino, da Escola de Samba Bem-te-vi, venceu a disputa acirrada contra a rainha da Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova, Camila Adelino, que teve 1.539 votos (21%).

Em seguida, ficaram Cláudia Thomé Bichara (Chame Chame), com 119 votos, Poliana Valadares da Cruz (Unidos Guaranis), com 36, Edna Conceição da Silva (Imperatriz de Venda Nova), 31, Nayara Dias de Andrade (Cidade Jardim), 19, e Tatiane de Oliveira (Estrela do Vale), 13 votos.


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