terça-feira, 12 de abril de 2011

Brasil e China fecham acordos na área de defesa




Recursos hídricos e nanotecnologia foram outras áreas contempladas por compromissos
Mariana Londres, do R7, em Brasília

AFPAFP
Dilma cumprimenta o presidente da China, Hu Jintao, após a assinatura de acordos em Pequim
O Brasil e a China assinaram nesta terça-feira (12) acordos de cooperação e de transferência de tecnologia nas áreas de defesa, recursos hídricos, nanotecnologia, agrícola e de transformação, além de um acordo que prevê a instalação de um instituto para o ensino da língua chinesa para brasileiros na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Os acordos são resultado da viagem desta semana da presidente Dilma Rousseff à China, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Na defesa, o acordo de cooperação prevê intercâmbio de experiências em operações militares, o que inclui as operações de manutenção da paz da ONU (Organização das Nações Unidas), treinamento militar conjunto e segurança em eventos importantes, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, por exemplo.

A cooperação para a defesa será feita por meio de visitas mútuas de delegações dos dois países, intercâmbios de instrutores, participação em cursos teóricos e práticos, visitas mútuas de navios e aeronaves militares, eventos culturais e desportivos e participação conjunta em pesquisa e desenvolvimento de programas de aplicação de tecnologia de defesa.


Para os recursos hídricos, a cooperação entre Brasil e China se dará na elaboração de políticas, leis e regulamentos sobre gestão da água, na gestão integrada de bacias hidrográficas fluviais, no controle de enchentes, combate à seca e mitigação de desastres, reforço de barragens e no planejamento, concepção, construção e gestão de projetos de transferência de longa distância de cursos d'água, como a transposição do Rio São Francisco, para citar um exemplo.

Na área de nanotecnologia, o acordo de cooperação prevê a criação do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em nanotecnologia, constituído por núcleos de pesquisa que interagirão entre si, utilizando a infraestrutura existente para executar projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, formação e capacitação de recursos humanos.

 

Indústria do bambu e ensino de língua chinesa também foram focos de acordos

A indústria do bambu também foi foco de um acordo de cooperação com transferência de tecnologia para o desenvolvimento da planta, tanto para a produção de muda, brotos e clones, como em máquinas e equipamentos e produtos laminados e para a construção civil, arquitetura, design, artesanato e decoração.

Os acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff na China também incluem a criação de um centro para o ensino da língua chinesa no Brasil.

O centro será instalado dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e tem como objetivo aumentar a compreensão entre os povos.

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